segunda-feira, 7 de setembro de 2015
amor é previlégio
Amor é privilégio de maduros estendidos na mais
estreita cama, que se torna a mais larga e mais relvosa, roçando, em
cada poro, o céu do corpo. É isto, amor: o ganho não previsto, o prêmio
subterrâneo e coruscante, leitura de relâmpago cifrado, que, decifrado,
nada mais existe valendo a pena e o preço do terrestre, salvo o minuto
de ouro no relógio minúsculo, vibrando no crepúsculo. Amor é o que se
aprende no limite, depois de se arquivar toda a ciência herdada, ouvida.
Amor começa tarde.
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